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Blog do Mauro Beting

Palmeiras 1 X 0 Corinthians

Mauro Beting

13/06/2016 08h38

Toda foto parece falta. No campo, essa não parecia.

12 de junho é dia de Palmeiras. Para mim é desde 1966. Para o Palestra, desde 1921, nos 5 a 0 no Sírio quando o novo campo fazia um ano de escritura, a data é de festa. Ganhou oito jogos nos 12 de junho desde 1921, empatou quatro, e perdeu um só: um ano depois da final de 1993, em amistoso na Colômbia. 

12 de junho não tem sido dia corintiano em jogo contra o Palmeiras. A primeira vez foi quando deixou o rival sair da fila em 1993. A última foi no Allianz Parque, quando o dono da casa foi melhor, criou o dobro de oportunidades, e mereceu ganhar o Dérbi pelo ótimo segundo tempo. 

Ou pelo menos até a bola longa que estava nas mãos de Prass, quando Felipe e Thiago Martins se enroscaram com o goleiro. Não vi na cabine da Jovem Pan o impedimento que a TV depois mostrou Não vi falta em Prass como dá para discutir. Tem como discutir uma solada na sequência em Cleiton Xavier, que mandou a bola para dentro do gol. 

Raphael Claus marcou a falta que eu não teria marcado – e aceitando a opinião de quem entende que Prass foi acossado quando já praticava a defesa. Acertando o erro pelo assistente não ter visto o impedimento que não viu, mesmo bem colocado. 

Raphael Claus já está escalado no índex alvinegro ao lado de José Aparecido de Oliveira. Árbitro do polêmico 4 a 0 de 1993, quando demorou para expulsar Henrique, absurdament não expulsou Edmundo, não deveria ter expulsado Tonhão,  e anulou gol legal de Edmundo, no fim da prorrogação.  
O lance do fim do dérbi de 2016 vai ficar mais que o primeiro tempo. Palmeiras começou do jeito que se esperava, com o 4-3-3 espetado na frente, pressionando o Corinthians que só foi equilibrar o clássico a partir de 20 minutos. Travando o Palmeiras com a marcação mais adiantada, mas criando pouco. Ainda assim mais que o Palmeiras, no primeiro tempo murcho. 

No intervalo, mais uma vez Cuca mexeu bem. E deu sorte. Cleiton Xavier entrou bem e na primeira marcou de cabeça, em grande arrancada de Moisés (o melhor em campo). O Palmeiras foi repaginado no 4-2-3-1 espelhado no time de Tite. O incansável Tchê Tchê como meia pela direita, Dudu mais recuado pela esquerda, CX10 por dentro, Gabriel Jesus devendo gol em clássico por dentro, mas jogando bem. Como Thiago Santos, que empacotou Guilherme, e depois deu pouco espaço ao decisivo Danilo. 
Quando o Corinthians tentou algo, mas não muito com o inerme Luciano, Edu Dracena voltou como se não tivesse saído do time. Dando guarida a Zé Roberto, que mostrou de novo ser o mais confiável lateral-esquerdo palmeirense. Menino de tudo no fôlego. 

Apesar do apito polêmico no campo e não tanto pela televisão, fica do dérbi que o Corinthians também vai longe como o Palmeiras no campeonato. Se não varia tanto taticamente como o oponente, também tem elenco pronto para tudo. 

Só precisa fazer os gols que Luciano esqueceu em 2015, André não faz tanto desde 2010, e que nem só os ótimos armadores podem criar. 

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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