Deve chorar, Pedro Henrique
Das mais detestáveis frases do futebol de hoje e da vida corporativa (mais corporativa que vida) é a do profissional (mais remunerado que profissional) que diz que "não tem mais nada para provar".
Nem Pelé, que e Pelé, foi assim. Ele sempre quis mais. Sempre deu demais.
E também por isso sempre foi um chorão. Milésimo gol aos 29 anos, primeira Copa conquistada aos 17, despedida definitiva aos 36, sempre chorando. E muito.
Hoje, pelo que fizeram e falam do capitão Thiago Silva, capaz de Pelé nem fosse mais convocado de tanto chorar…
Justo no mundo da bola pleno de mimimi e chororô por arbitragens ruins, teorias conspiratórias, golpismos e falhas de todos os tipos, os intolerantes não toleram quem chora como o zagueiro corintiano Pedro Henrique. Ao final da derrota para o Atlético Mineiro, ele chorou por ter entregado a bola para Cazares passar por Cássio e definir a vitória mineira.
Não foi ato de fraqueza. Foi humano. É muito melhor ele chorar de vergonha, raiva, tristeza ou o que for do que ele sair de campo depois de sua TERCEIRA PARTIDA por um time que estreava treinador contra rival vice brasileiro, no terreiro dele, e dizer que NÃO TENHO MAIS NADA A PROVAR A NINGUÉM, dizer que TODO MUNDO ERRA, que FOI UMA DAS MELHORES ATUAÇÕES da história do clube, e tantas frases feitas que são desfeitas de tantos profissionais, digo, remunerados.
Muito melhor alguém mais humano e comprometido como Pedro Henrique que robôs que falham também, mas não assumem. Alguém também torcedor, como você fiel tantas vezes já chorou. E seguirá chorando não por perder ou ganhar. Mas por ser Corinthians.
Força, garoto. Parabéns aos marmanjos do Galo que deram apoio a ele. E forca a quem não admite que as pessoas sejam humanas.
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