Faltou um poucão de bola. Palmeiras 1 x 1 Santos
Não havia o artilheiro do BR-16 (Gabriel Jesus) e o ponta para dar velocidade pela direita (Róger Guedes). Ainda assim teve o escanteio de Dudu na cabeça de Mina, nessa força aérea com Vítor Hugo muito perigosa. Com 5 minutos, Mina abriu o placar para o líder.
Festa no Allianz com recorde de público (ainda não superior ao da final do SP-76) até Moisés sentir a lesão que quase o tirou desde o início do jogo. Sem ele para dar força e dinamismo ao time, Cuca optou por dar a bola para quem bem a trata – o Santos repaginado em 2016 por Dorival Júnior. Aos 11 minutos, o palmeirense apostou em Arouca na mesma função, mas com outras características, e sem o mesmo ritmo. Nem assim o time santista melhorou pelo primeiro tempo discreto de Lucas Lima e Gabriel, e pelas pancadas que a bola dava em Rodrigão fora da área.
Para o segundo tempo, também sem o lesionado Mina, Edu Dracena entrou mais uma vez bem. Mas queimou mais uma alteração de Cuca. O Santos enfim acertou o pé e mereceu o empate, com Gabriel, em bola desviada, aos 10 minutos.
Como destacou Cuca, "o Palmeiras foi um pouco melhor no primeiro tempo, e o Santos foi um poucão melhor na segunda etapa".
Foi isso. E mais ainda por Leandro Pereira entrar no lugar de Barrios, que mais uma vez jogou pouco. Cuca podia ter colocado Cleiton Xavier para pensar o jogo. Mas preferiu atacar o que nem Dudu estava dando jeito, com Erik de novo mal. O Santos foi ao jogo, ficou mais com a bola, tinha um time mais técnico para pensar e pressionar, mas acabou criando menos chances de gol nos 90 minutos – embora tivesse a bola da virada que foi isolada por Thiago Maia.
Pelas circunstâncias, o Santos tinha como ir além. Mas nunca um empate será mau resultado na casa do rival. Pelas ausências, o Palmeiras fez o que podia. E ambos podem muito mais em um clássico que esperava algo além do que foi visto pelo público recorde.
[Mais uma vez, Palmeiras x Santos quebraram recorde de público na cidade. Ainda é – e seguirá sendo – o jogo de maior número de pagantes em São Paulo: em 15 de outubro de 1978, estreia do ponta Hamilton Rocha no Palmeiras, em jogo válido pelo primeiro turno do Paulista, partida que não decidia coisa alguma, mais de 123 mil palmeirenses e santistas dividiram o Morumbi para ver a vitória alviverde por 2 a 0.]
P.S.: Não teria marcado o pênalti reclamado pelos palmeirenses em lance de Zeca. No Brasil costuma-se marcar – c0mo o fraco árbitro Wilton Sampaio havia marcado mão na bola em lance semelhante de Barrios. Na maioria dos lugares e na minha interpretação, toque involuntário. Ele não quis dominar a bola com o braço e nem ampliar a área corporal indevidamente. Movimento natural. Segue o jogo. Mas há como discutir.
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