Ame o Rio. Fluminense 3 x 3 Flamengo. Flu campeão da Taça Guanabara
Abelão deu a letra: no dicionário dele não tem palavras para descrever o Fla-Flu que no começo da semana não se sabia em que estádio e estado seria, com que torcida ou sem torcida, com que segurança ou insegurança, se seria só incompetência, medo, temor, falência, falecimento é falácia do futebol.
Mas acabou tudo em penalidade máxima. Pênaltis. Sem ninguém penalizado. Apenas comovido por grandes e não graves 90 minutos. Por um Fla-Flu que se temia que terminasse 40 minutos antes de tudo e acabará sendo levado por muito tempo para quem gosta de Flu, de Fla, de Futebol. Assim mesmo. Com F maiúsculo. Que foi foda. Com o perdão da palavra aos que querem ferrar o futuro.
O Fla é mais time. Mas não foi. Também porque Abelão ousou. Apostou em velocidade e contragolpe pelos cantos. Com Wellington Silva abrindo rombos às costas de Trauco, Richarlison acompanhando pelo outro lado, e se juntando a Henrique Dourado. Com Sornoza mais uma vez bem articulando. Com Pierre limpando a área. Com a gente de fora lambendo os beiços pela vontade de jogar. Pela resposta que o futebol deu a quem tão mal cuida dele.
Foi a vitória da ousadia ainda que desse empate. Mas o empate com seis gols. De um Flu que foi triste contra o Madureira a um Tricolor que foi lindo no Niltão. Cada jogo tem sua história e geografia. E também educação moral e cívica, esportiva e política. Sem polícia.
Vitória de quem sabe que jogo implica risco. Arriscou. E foi buscar a vitória que eu não esperava. Fala, Abel:
– Sem o Scarpa hoje, falei que iríamos jogar com Richarlison, Wellington e Dourado. Falaram que eu era louco dentro do clube. Mas decidi os três atacantes. Tinha de colocar medo no adversário. Não posso demonstrar que tenho medo. Porém, no fundo, eu tinha. Mudamos a maneira de jogar de dois jogadores. Falei que era a única maneira de ganhar do Flamengo. Deu certo.
Tecnicamente, nada deu certo ao vice da Taça Guanabara. Erros infantis lá atrás, inclusive nos pênaltis. Mudanças infelizes de Zé Ricardo. Chegadas mais na bola parada que bem jogada. Uma partida abaixo da esperada. Contra um Flu sem Scarpa. Mas com alma. Contra um rival que não vinha batendo bem os pênaltis. Estava sem os melhores cobradores. Sem Cavalieri. E foi 100% na decisão histórica de uma Taça que perdeu a importância regulamentar da conquista.
Mas que sempre mantém a história linda que tem. Algo que os que não sabem de futebol, história, administração e justiça mal que tentaram acabar e abafar.
Não conseguiram.
O Fla-Flu é maior.
Ame o Rio. E o futebol.
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