Mando quem pode. Obedece quem tem prejuízo.

Ponte Preta tinha mais time que o Corinthians em 1977. Jogou as três finais contra o Timão no Morumbi. Na partida que virou o placar por 2 a 1, a segunda, foi e será o maior público da história do futebol paulista.  Mais de 136 mil pagantes. Mas no final das contas, o Pé de Anjo Basílio terminaria com o jejum alvinegro, e iniciaria os melhores anos corintianos. 

A Ponte voltaria a definir os Paulistas em dois jogos no Morumbi em 1979 (Corinthians) e 1981 (São Paulo). Como quase todas as finais estaduais a partir de 1975 foram disputadas no maior estádio estadual. O do São Paulo FC. Onde o dono da casa jogou contra o Santos as duas finais de 1980 (e depois em 2000). E foi campeão. Onde o Corinthians disputaria e ganharia do Tricolor o bi paulista de 1982 e 1983 (e 2003), que o São Paulo daria o troco em 1987, 1991 e 1998. Dono da casa e da festa que ganharia do Palmeiras com duas vitórias em 1992. Todas no Morumbi. E mais dois títulos contra a Portuguesa, em 1975 e 1985. 

Em 1986, as duas finais foram no Morumbi. A Inter de Limeira ganhou do Palmeiras no estádio do São Paulo. Como o Santos ganhou do São Caetano em 2007 e do Guarani em 2012. E em 2010 foi campeão contra o Santo André no Pacaembu (e vice do Ituano no mesmo lugar, em 2014). Tricolor foi campeão estadual em dois jogos em casa contra o São José, em 1989. Em 1993, Palmeiras x Corinthians decidiram o título no estádio do São Paulo em dois jogos (como no SP-99). Em obra em 1995, o Morumbi não foi palco de novos Dérbis decisivos (disputados em Ribeirão Preto).

Final estadual lá e cá desde 1975 so em 1988 (Corinthians x Guarani), 2001 (Corinthians x Botafogo), 2008 (Palmeiras x Ponte Preta), 2009 (Corinthians x Santos, locais repetidos em 2011 e 2013), 2015 (Santos x Palmeiras) e 2016 (Santos e Audax). 

Linense optar por jogar o seu mando no colo do São Paulo, no estádio do São Paulo (quando o Pacaembu estaria disponível) não é bacana. Mas é legal. Faz parte do jogo aceito por todas as partes. Ninguém tem dinheiro. 
O mando está vendido. Mas não o jogo. Nem a legitimidade do campeonato.