Eu acredito em Rodinei e Papai Noel. Flamengo 2 x 1 Fluminense. Flamengo campeão do RJ-17.

Rodinei celebra o gol da virada e do 34º estadual com o Papai Noel de maio

Mas Fla-Flu não termina aos 40. Começa 40 antes do nada. Ainda que só tenha terminado mesmo com Rodinei batendo cruzado na saída de Orejuela. O reserva do Pará de novo entrando aberto pela meia-direita fazendo gol seminal, como fizera contra a Universidad Católica, na quarta. A surpresa de (e para?) Zé Ricardo repetindo a dose como festa rubro-negra. 

Rodinei batendo no canto do volante-goleiro Orejuela, que substituiu o expulso Cavallieri, que não conseguiu segurar a bola que sobrou para o empate do artilheiro peruano em grande fase (em lance que começou com falta).  Gol de título de Rodinei no fim é tipo o de Cocada de triste lembrança rubro-negra. Mas o rei da cocada Preta e Vermelha agora é o do Rio. O que faz gol com lateral reserva escalado na frente contra um volante equatoriano vestido e investido de goleiro tricolor. 

Final para Nelson Rodrigues descrever melhor – nem ele para inventar. Para Mário Filho celebrar em seu estádio. Para o torcedor do Flamengo confirmar a lógica. O Flu tem se saído melhor que a encomenda com Abelão. Ganhou a Guanabara. O Vasco combalido, a Rio. O Botafogo vai bem na Libertadores, e pena pelas quatro partidas a mais da competição sul-americana. Foi de novo além do limite. 

O Flamengo foi o que se esperava pelo investimento e qualidade do elenco. Ainda que sem Diego na arrancada final (e Scarpa para desfalcar o rival), Zé bolou opções que acabaram dando certo. Se não garantindo grandes atuações, ao menos sólidas partidas. Decisivos jogos. Uma equipe invicta. Campeã do Rio. Com potencial para reconquistar o Brasil e a América. 

Afinal, quem poderia supor há uma semana que a semana seria de Rodinei?

Mas fácil imaginar que seja mais um ano rubro-negro. Também por isso. 

É só ver na reprodução da imagem da Globo. Se tem Papai Noel em maio no Maracanã, por que não?

Veja a análise de GUSTAVO ROMAN