Tricolor é rei, Verdão em choque. São Paulo 2 x 0 Palmeiras.
No Choque-Rei, historicamente, o Palmeiras fica em choque. O São Paulo é rei. Nos últimos 15 anos no Morumbi, nunca o Verdão chegou tão mais forte que o rival, e o Tricolor, tão instável. O clássico, mais uma vez, igualou os desiguais. Na última vitória verde, a dos chapéus, em 2002, o São Paulo vinha de uma sequência de goleadas de quatro gols até levar quatro. Agora, se o Palmeiras não vinha dando show, vinha melhor que o rival. Deve ter um 2017 melhor. Desde que jogue o que não jogou no Morumbi.
Se historicamente o tabu segue e pesou para o Palmeiras, o clássico do sábado era mais importante para o São Paulo. E assim foi.
Rogério surpreendeu com o 3-4-1-2, com Lucão de volta em mais um clássico, Marcinho improvisado como ala pela direita, Cícero rmais preso por dentro ao lado de Jucilei, e Cueva (mal de novo) tentando articular com Luiz Araújo correndo pela esquerda, e Pratto errando mais do que o normal no primeiro tempo de poucas chances. Cuca resolveu espelhar taticamente a mudança de Ceni. Plantou Felipe Melo entre Mina (que saiu bastante e, também por isso, ficou exposto) e Juninho; abriu o estreante Maike pela ala direita e deixou Michel Bastos bem pelo outro lado, mesmo marcado por toda a torcida tricolor. Guerra muito bem articulando. Mas ninguém jogando o que pode e o que sabe tecnicamente. Culpa dos treinadores?
Apenas duas chances pro mandante no primeiro tempo, uma boa chegada do Palmeiras num bom duelo tático, mas chato de emoção. Vão dizer que eram os 3 na zaga. Só não disseram mais porque Felipe Melo, como se sabe, é volante. E pra muitos não foi zagueiro – mesmo tendo sido. Mas não faltaram os que reclamaram dos três "volantes verdes"…
Segundo tempo. O Palmeiras tentou atacar mais. Não acertava o pé. Até Prass falhar pela segunda vez seguida em dois jogos e Pratto abrir o placar, aos 16. Keno já estava pronto para entrar. E até entrou bem. Ajudou a criar o lance do pênalti que Jean sofreu e ele fez sofrer o palmeirense ao chutar longe, aos 22. Cuca foi empilhando atacantes, o São Paulo foi se encolhendo, até Pratto encontrar Luiz Araújo para bater cruzado e Prass falhar pela terceira vez, aos 38. Algo raro na carreira de um atleta exemplar. Raríssimo para um goleiro do nível dele falhar três vezes seguida. Mas não é raro um cara como ele assumir os erros. Palmas pra Prass.
Não é normal. Como não é o Palmeiras estar há 15 anos sem vencer o Tricolor no Morumbi. Como não era o São Paulo jogar tão pouco nas últimas partidas. Desta vez acertou o pé e aproveitou as falhas de um Palmeiras que por vezes parece achar que vai vencer quando quer. Algo que não consegue desde 2002 no Morumbi. Algo que, antes mesmo de Jean bater o pênalti longe, parecia que o Palmeiras não ganharia.
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