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Blog do Mauro Beting

Estão nem aí... Atlético Paranaense 1 x 0 São Paulo.

Mauro Beting

22/06/2017 00h14

O Furacão vai ganhando pontos mais do que acertando um jogo. Mas é o que está valendo. Diferentemente do São Paulo, que até cria chances como a desperdiçada no final por Wellington Nen. Mas, como ele, decepciona demais em 2017. Joga pouco. Ou acha que joga demais, como Cueva, no segundo tempo, que fez linda jogada na entrada da área para recuar para Wevertom, numa cavadinha pretensiosa e despropositada. 

O São Paulo tem sido Cícero. Ótimo jogador que não funciona. E nem sai do time. Tem sido mais uma falha da zaga que dá em gol. Ou outra falha bisonha como a bola mal recuada por Lugano que quase castigou ainda mais o tricolor. 
Mas ao menos Lugano joga o jogo como se fosse o último com frescor de estreia. E não com a frescura que alguns que parecem que não estão nem aí como o São Paulo que tem errado demais. Em campo e no banco. 
São poucos que se entregam como Lugano é muitos que só têm entregado no Morumbi. Estragado fora e dentro. 

ESCREVE GUSTAVO ROMAN

Dizem que os números não mentem jamais. Mas até nisso o futebol é peculiar, tendo um universo só seu. Não adianta ter mais posse de bola. Finalizar mais que o adversário. Trocar mais passes. Roubar mais bolas. Cruzar mais bolas. Nada disso significa três pontos garantidos. Mais, na verdade, é menos.

Rogério Ceni sempre tentou mostrar em suas entrevistas números que justificassem as más atuações de sua equipe. Hoje, nem foi tão ruim assim. Porém, foi mais uma vez ineficiente. O Atlético, que ainda não havia vencido em casa, sufocou o Tricolor nos primeiros 10 minutos. Marcou seu gol na primeira oportunidade. Aproveitando vacilo de Éder Militão, Vanderson marcou. Eficiência pura.

Depois, o Furacão recuou. O Tricolor foi pra cima. Teve a bola. Chutou. Cruzou. E nada. Não colocou a bola nas redes. Pouco criou. Mudou de esquema durante a partida. Saiu do 3-4-3 inicial para um 4-4-2. Rondou a área do Atlético. Chegou com muita gente na frente. Mas errou demais. Seja no último passe. Seja no cruzamento ou até na conclusão.

Na etapa complementar o panorama não se alterou. O Furacão lá atrás. Esperando um contragolpe para definir o confronto. E o São Paulo no campo de ataque. Errando demais. Acertando de menos. Repetindo o final do filme de triste lembrança para o torcedor do Tricolor. Um filme que segue em cartaz desde o início do ano.

Claro que nem tudo pode se colocar na conta do treinador. A qualidade do elenco. A falta de opções confiáveis para se mudar o rumo de uma partida. A falta de tempo para treinar. Tudo isso influi. E muito. Os conceitos e idéias de Rogério são ótimos. Pelo menos na teoria. É preciso descobrir uma maneira de transformar essa teoria em prática. E rapidamente. Acredito que os reforços irão ajudar o time a melhorar seu desempenho. Ou continuaremos a ver planilhas de excel ou gráficos de desempenho. E futebol que é bom, muito pouco.

ESCREVEU GUSTAVO ROMAN

Veja a análise de Gustavo Roman 

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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