Respeito. Real Madrid 3 x 1 PSG.
Nada ainda está perdido para o PSG. Mas nunca nada estará perdido para o maior campeão do mundo e da Europa. Para o atual campeão. Bicampeão continental. Time que não vinha nada bem na Liga Espanhola – embora melhore a jogos vistos. Equipe que foi defenestrada em casa na Copa do Rei por frágil rival. Mas time que muda o chip nas noites europeias. Joga no Bernabéu ou em qualquer casa como se fosse sempre a finale da Champions.
Foi o que fez contra o badalado e agora abalado PSG. Time que só não estava sendo vencido em Madri na primeira etapa por mais uma ótima atuação de Aréola. Muito mais goleiro do que eu imaginava. Mas que defende uma equipe que ainda está devendo em grandes jogos. Como o de Madri. Como foi em Munique, em dezembro.
Unai quis armar um time mais leve com Lo Celso na cabeça da área no lugar do necessário Thiago Motta para qualificar o passe. O problema é que o ótimo argentino não foi bem na construção e foi infantil no pênalti cometido sobre Kroos – quando o PSG vencia em gol de Rabiot, em grande jogada de Mbappé (um que pode mudar também o patamar do clube francês tamanho é o talento e o potencial dele pra tão pouca idade).
Quando o Madrid tomou o gol, melhor time era ele. Quando empatou, o jogo parecia igual. E viraria na segunda etapa. O PSG estava melhor. Poderia ter desempatado na discutida bola no braço do monstruoso Sérgio Ramos. Eu não marcaria o pênalti. Ele não teve intenção de ampliar a área do corpo. O movimento do braço foi natural. Mas é tudo interpretação. Discutível. Como a alteração de Unai quando quase nada molestava o Madrid. Sacou o discreto Cavani, passou Mbappé para o comando do ataque, avançou o incansável Daniel Alves como ponta pela direita, e resolveu proteger a defesa que vinha bem com Meunier pela lateral direita.
Zidane, diferente de Unai, resolveu jogar o time à frente. Com ao menos 22 minutos de atraso (para não dizer 67…) sacou um Benzema em má fase e apostou em Bale com Cristiano na frente, com Isco flutuando. Seguiu sem fluência e criatividade no segundo tempo até a cartada final de Zizou. Sacou Casemiro e Isco, abriu Lucas Vásquez e Asensio pelos lados, plantou Modric e Kroos, e tentou nos 15 finais a blitz para jogar a pressão para Paris.
Conseguiu na primeira que Asensio criou sobre Meunier e Cristiano finalizou com a coxa para marcar seu absurdo 21º gol nos últimos 12 jogos de Liga (ele marcou pelo menos um nos últimos oito) !!! E tinha mais. Dois minutos depois foi Marcelo quem aproveitou outro lance de Asensio para cima de Meunier e com ninguém perseguindo o espetacular lateral brasileiro.
3 a 1 ainda reversível. Não fosse o Madrid o time daquilo que Marcelo mostrou ao celebrar o gol – a equipe que veste essa camisa com 12 orelhudas. A mais poderia do mundo. E ainda da Europa.
Claro que ainda dá para um PSG que era melhor do que o Madrid até hoje – em 2017-2018. Mas não é maior do que ele na história.
E não só o PSG. Isso pesa. Demais.
Ainda mais quando, na ida, só agora falo de Neymar. Quem fez as mais bonitas jogadas da partida. Quem mais foi parado a botinadas. Quem quase se perdeu com uma pancada desnecessária amarelada aos 15. Quem mais reclamou com e sem razão da arbitragem. Quem ainda pode desequilibrar. Desde que passe e solte um pouco mais essa bola que poucos têm. Mas não só ele.
Neymar ainda pode ser o cara da remontada como foi na temporada passada pelo Barcelona contra o próprio PSG. Mas precisa ser esse cara um pouco mais solidário.
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