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Blog do Mauro Beting

Yakisoba pro Hazard. Bélgica 3 x 2 Japão

Mauro Beting

02/07/2018 18h29

A bela geração belga segue viva mesmo depois do grande susto. Vem ainda mais forte para encarar o Brasil ou quem chegar. Ninguém criou tantas chances de gol na Copa – ainda que contra rivais discutíveis. Ainda que contra um Japão irreconhecível de tão competitivo que foi.

1º TEMPO – Arrastado pela falta de dinâmica e movimentação da ótima Bélgica, tanto quanto a boa marcação japonesa. Time que não ficou fechado como a Rússia e soube acossar a meta de Courtois além dos 10 minutos iniciais de pressão. De Bruyne mais uma vez discreto e distante de Hazard e Mertens, e alas pouco inspirados em um primeiro tempo de muitas bolas levantadas e poucas delas vencidas por Lukaku

2º TEMPO  – Com 6min já estava 2 a 0 Japão. E poderia ter sido 1 a 1 se uma bola não explodisse no travessão do fraco goleiro japonês. Um contragolpe e uma falha de Verthongen deram no gol de Haraguchi. Um chute de longe de Inui que pouco tentou a Bélgica deu no belo segundo gol japonês. Só aos 16 o ótimo banco entrou em campo. E o treinador Martínez acabou sendo muito feliz. Fellaini empataria aos 28 depois de um gol lotérico de Verthongen. Não é preciso dizer que o cabeludo meiocampista bela fez de cabeça e enlouqueceu de vez a partida. O Japão voltou a atacar. Quase marcou em bela cobrança de Honda, aos 48. Mas no contragolpe armado depois do escanteio, Chadli virou espetacularmente para o melhor time que não foi tão melhor como se esperava contra um Japão que foi muito melhor do que é.

CHANCES DE GOL – BÉLGICA 5 x 3 primeiro tempo;  BÉLGICA 11 X 8 segundo tempo. TOTAL: BÉLGICA 16 X 11

O LANCE – Lukaku subindo sozinho e cabeceando para fora, aos 18 do segundo tempo, quando estava 2 x 0 Japão. Parecia que não era dia dele e deles. Mas era assim mesmo.

O CARA – Chadli. Entrou para fazer o que Carrasco bem fez nos dois primeiros jogos e não na primeira etapa. Fez o gol da virada e bons lances desde que entrou, aos 16 do segundo tempo.

TÁTICA – Bélgica no usual 3-1-3-3. Sem a bola, 5-3-2, com Lukaku e Hazard à frente, Witsel na cabeça da área, Mertens e De Bruyne como interiores, Meunier e Carrasco voltando como laterais. Japão no 4-2-3-1, com Kagawa se aproximando de Osako.

NOTAS DO JOGO –  BÉLGICA 7 X 6 JAPÃO  –  JOGO NOTA 8

O CHUTE INICIAL – BÉLGICA 4 X 1 (palpite do bolão)

NO FRIGIR DAS BOLAS  – Japão deve ter feito a melhor partida de sua história. Entrega e disciplina notáveis. Ponto final. Passou o melhor time que passou susto enorme que deve servir de lição para a dureza das quartas contra o Brasil. Duelo aberto como o emocionante segundo tempo.

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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