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Blog do Mauro Beting

O que não pode no apito é poder um monte de coisa e só mostrar poder quando não precisa

Mauro Beting

24/07/2018 09h53

Pode pegar o brigadeiro antes de cortar o bolo? Não pode. Mas pode. Se o tio pegar pro sobrinho, tá valendo. Eu finjo que não vejo. É errado. Mas é tudo de bom.

Pode pegar o tripé do César Greco como se fosse cajado, o boné do Wanderley Nogueira como se fosse chapéu, o telefone do orelhão como se fosse ligar pra mãe, a máscara como se fosse a Tiazinha, o celular como se fosse tirar a selfie.

Não pode. Mas pode.

O que realmente não pode é ter um clássico com três cartões amarelos e dois deles por celebração. Uma em que Luan não fez nada além de dançar. Outra que Moisés pegou o "cajado" como fizera no BR-16 em Itaquera para abrir o mar verde. Mas só conseguiu mesmo fechar cabeças que só seguem o que nem sempre devem da comissão de arbitragem que apita mais do que deve.

Se eu fosse palmeirense, depois dos cartões nos clássicos para Lucas Lima e Moisés, não celebraria mais gol. Eu ficaria emburrado. Ou mais burro que orientador de árbitro. Detesto provérbios e frases feitas. Mas quando um burro fala, e falha, o outro não precisa mostrar cartão.

Fecha o olho, juizão. Ninguém vai ver.

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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