A única torcida única que se justifica
Hoje tem Derby. Como tem há quase 102 anos. Mas há quase 4 com torcida única. A institucionalização da intolerância única.
Todos esses meninos são especiais. Como toda criança é especial. Mas essas são um pouco mais. E são ainda mais pelos pais que são tão especiais quanto elas. Porque só eles sabem o que é tudo isso que vivem e convivem. O amor que é ainda maior por tudo que precisam dar e doar sem doer. Por tudo que sonharam e nem tudo é sonho. Por tudo que aceitaram e nos ensinam.
O Palmeiras os uniu no Camarote Fanzone. O Léo Rizzo e a Silvia Grecco os trouxeram para o Allianz Parque para uma noite com a nossa maior família. Aquela que se entende onde mais a gente se desentende como gente pelo amor incondicional de torcedor. Amor como o dos pais que estavam mais alegres e crianças que os próprios filhos na noite de Palmeiras.
Pais que têm filhos que nunca os viram e ainda assim enxergam mais longe. Pais que só querem abraçar filhos que não querem toque. Pais que têm filhos que têm dificuldade de compreensão e expressão e ainda assim se conectam melhor do que os não têm.
Vendo a alegria dessas crianças de todas as idades no camarote e lembrando que já vimos mortes aos montes em estádios e nesse estádio de sítio animal nas cidades só porque existem bípedes que não têm esses problemas e os criam só porque outros amam outras cores e credos…. Vendo o que nem todos enxergam e entendem é que ainda não conseguimos compreender porque não nos satisfazemos com o que temos.
Esses pais e filhos têm cadeira cativa no jogo da nossa vida. Obrigado pela aula.
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