Pelé... Messi... e um Tostão de prova
No Brasil, não há ex-jogador e pra sempre craque que escreva como Tostão. Não é Valdano, o mais genial dos craques escrevendo e pensando futebol. Mas é quem melhor vê e escreve, antevê e entende como craque além das quatro linhas, e de todas as linhas que escreve duas vezes por semana.
Tostão jogou contra e ganhou espetacularmente de Pelé no ano em que nasci, na conquista da Taça Brasil. Quando Dirceu Lopes (mais), ele e a maior constelação do Cruzeiro ganharam duas vezes do Santos penta da Taça Brasil. Naquele mesmo 1966 Tostão já havia se salvado no Brasil da Copa da Inglaterra. Fazendo a de Pelé contra a Hungria na derrota por 3 a 1 – gol dele. Em 1970, abria espaços pra Pelé como a referência no 4-2-3-1 de Zagallo, e recompunha sem a bola no lugar Dele.
Tostão jogou demais contra Ele. E com Ele. E enxerga demais Messi messiânico pelo Barcelona, nem sempre letal (ou apenas mortal) pela Argentina onde tem que passar a bola pra Higuain, como corneta com classe Tostão.
Na querela Pelé x Messi, o doutor Eduardo deixa claro que o jogo segue aberto. Até por tudo que faz Messi, por tudo que ainda pode fazer também pelos outros Messi.
Tostão define que Pelé "era um touro genial. Messi é genial".
Preciso e conciso. É por aí.
Não é saudosista o Tostão. Ótimo. Mas ele tem saudade. O que é melhor. Quem vive de passado é quem tem história. E quem foi aquele Cruzeiro e o melhor Brasil vive eternamente acordado em berço esplêndido.
Para quem não consegue enxergar o brilho de Messi e só revê seletivamente as glórias do passado, um toque de classe de Tostão. E nisso estou com ele, que não acerta todas – como alguns fidelíssimos tostanistas assinam embaixo tudo que ele escreve e reescreve, como os que acham que tudo que Chico compõe é genial. E acabam entrando na mesma vala comum e fossa negra dos que criticam os autores pelas convicções de urna.
Tostão pontua que hoje "as defesas se posicionam melhor e deixam menos espaços". É isso. É só ver ou rever frames dos anos 70 pra trás. Tinha mais espaço e, por tabela, mais "jogo". Talvez tecnicamente alguns becões e volantes melhores então. Mas, taticamente, e também fisicamente, hoje se joga mais. Ou pior: não se deixa jogar mais.
Tostão tem razão. Quase sempre.
Ainda o jogo segue aberto.
Pra mim, e já desde a virada da década, Messi é o melhor deste mundo.
Pelé é ET.
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