Sempre Santos. Santos 1 x 0 Corinthians

O Santos jogou na Vila quase tão bem como jogara no Pacaembu na semifinal do SP-19. O Corinthians não jogou como fez em São Paulo e repetiu o desempenho amuado e acanhado em Santos. Não só por ser admirável o que tem feito o time de Sampaoli que joga e não tem deixado jogar. Mas porque o Corinthians parece ter se acostumado com o pouco que rende muito.

Everson fez uma defesa mais complicada em um cruzamento estranho de Avelar na primeira etapa. E mais nada chegou à meta da casa. Faltou ofensividade, ousadia, aproximação e passes certos de um Timão que, como Ramiro, pode muito mais.

O Santos foi muito melhor a partir de meia hora do clássico e dominou o adversário sem dificuldades. Fez um gol com Sasha bem construído com Jorge por dentro (como ele e Victor Ferraz mais uma vez armaram, deixando Marinho e Soteldo alargando o campo pelas pontas). Fez mais. E só não fez mais gols porque ainda o que cria não concretiza.

Não só por Uribe ainda não ser a resposta, por Sasha mais uma vez entregar mais do que pode, por Jean Mota voltar ao normal.

Não consegue o Santos ser tudo aquilo porque já está sendo mais do que pode. Vai além do limite. Diferente do Corinthians. Ainda em dívida. Ainda em dúvida. Algumas incompreensíveis.

Carille pode reclamar da suposta má educação do árbitro e de um impedimento (SIC) marcado depois de tiro de meta. Mas precisa aceitar as críticas pelo desempenho mais uma vez abaixo da média do elenco, do time, da campanha e da camisa.