Juarez Soares
O China era de um tempo em que se podia receber o apelido China sem ser chinês. De um tempo em que cada enxadada era uma minhoca na cabeça. Que uma coisa era uma coisa. Outra coisa era outro causo.
Trabalhamos juntos por mais de um ano. Dividimos microfone na Rádio Gazeta. Quase sempre divergíamos no campo de jogo. E sempre nos entendíamos em outras áreas.
Juarez falava boleirês como poucos. E sabia driblar como raros. Puxava os erres com gosto e empurrava os erros pro gasto. Era ácido na língua e doce no trato. Amargo com quem e com o que não gostava, bravo na luta pelo que achava certo. Mesmo que não fosse.
Juarez foi um grande repórter e comentarista. Um ótimo colega e companheiro.
Sabia brigar e quando sair dela. Estilo inconfundível, apaixonado, passional e não poucas vezes parcial. Antes de o conhecer, tive muitos jogos que vi sem o ouvir. Não queria saber das opniões dele. Também porque muitas delas doíam porque eram corretas de tão erradas pro meu gosto.
Depois de o conhecer, gostaria de ter o ouvido mais.
Força e luz à família. Porque nosso microfone fica ainda mais sem força e energia sem o Juarez.
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