Eles conseguiram. Cruzeiro 0 x 2 Palmeiras.
Wagner Pires de Sá, Itair Machado, Sergio Nonato e Zezé Perrela (que chegou por último e tem menos responsabilidade na turma do Z4) é o quarteto fantástico do meio-campo cruzeirense que virou ou desvirou caso de polícia além de má administração de recursos e escusos, desarrumou o clube que ainda é referência. Mas não a única.
O que eles plantaram e/ou adubaram abundou na B que parecia improvável para um clube que nunca tinha sido rebaixado. Impossível para o clube que só foi perder uma partida em 2019 na estreia no BR-19 (e para o futuro campeão do Brasil). Impensável para um elenco que foi dirigido pelo único treinador bicampeão de Copa do Brasil e também campeão mineiro em 2019. Substituído pelo campeão cearense e da Copa do Nordeste desta temporada. Sucedido pelo campeão carioca e também participante da campanha espetacular do Flamengo. E agora rebaixado com o Adilson campeão como atleta e vice da América há 10 anos pelo Cruzeiro. Hoje um treinador que em três jogos não fez milagre. E se emocionou antes do jogo pelo clube que tanto tem carinho.
Mas parece que só ele.
Porque esse Cruzeiro jogado às traças e subjugado por uns troços pavorosos que o apavoraram parece não estar nem aí com nada.
No Mineirão, até os 40 do segundo tempo (quando infelizes que merecem a queda quebraram cadeiras e o que restava do Cabuloso campeão e encerraram antes da hora o clássico contra o Palmeiras), o time de Adilson conseguiu a proeza de não criar nenhuma chance de gol.
Zero. Nada. Nada de Zeiro.
O Palmeiras esperou um time ameaçado que não foi a campo – mais uma vez. Não vi nenhuma outra equipe rebaixada entre as grandes jogando partida decisiva tão deplorável. Tão entregue. Tão ridícula.
Aos 39 minutos, a torcida só acordou quando o ex-celeste Marcos Vinicius fez 1 a 0 para o Botafogo contra o Ceará, no Rio. Até então o Palmeiras era melhor. Mas nem tanto.
Faltava só o Cruzeiro fazer sua parte. Como nas outras cinco rodadas anteriores…
Na segunda etapa, mesmo com o alento da arquibancada e da vitória parcial do Botafogo, nada seguia fazendo o Cruzeiro quando Zé Rafael fez 1 a 0 Palmeiras, aos 12min12s da segunda etapa no Mineirão.
Faltava um gol até então. Agora seria necessário virar um jogo que parecia irremediavelmente perdido, às 17h19 do domingo.
O que já era horrível ficou ainda pior com a absurda marcação de um pênalti contra o Botafogo. Um dos mais bizarros entre os abjetos. O árbitro corretamente nada marcou na hora. O VAR de modo incompreensível pediu a revisão. E de modo tão pavoroso como a campanha cruzeirense a arbitragem decidiu pelo pênalti que Galhardo converteu, empatando para o Ceará, e piorando ainda mais o que já não tinha jeito pro Cruzeiro.
Eram 17h27. Parecia que já era o fim que o belo gol do ex-cruzeirense Dudu sacramentou, aos 38min38s, às 17h46 do domingo. 8 de dezembro de 2019.
17h52 o árbitro acabou com o jogo terminado pelo vandalismo. De um Cruzeiro derrubado pela direção desgovernada que é caso de polícia e de renúncia ou de impeachment.
Que desmontou e desmotivou um elenco não pago e muito bem pago para jogar bolinha. E ainda pior: mandar e desmandar em campo e fora dele. Derrubando o time e treinadores. E a própria história na carreira e no Cruzeiro patrolada pela patota e seus despautérios.
Poucas vezes vi um colosso fazer tanta força para ser derrubado. Poucas vezes vi um gigante ser merecidamente rebaixado pelo que foi desfeito por elenco e cartolagem.
O torcedor do Cruzeiro não merece isso. Nenhum torcedor merece. Mas seus cartolas e algumas lideranças nada carolas do elenco merecem o que plantaram.
Só não sei se são quilingues e sevandijas.
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