Em dezembro de 2019... Flamengo 3 x 1 Al-Hilal
Quando a bola chegava na entrada da área para Zico, circa 1981-82, mais fácil era o árbitro apontar o meio-campo. Seria gol daquele Flamengo. O melhor time que vi no Brasil desde 1972.
Aos 17, quando o Al-Hilal chegou pela quarta vez com perigo em Doha e marcou o primeiro e merecido gol saudita (logo depois de defesa espetacular de Diego Alves e rebote desperdiçado por Gomiz de modo incrível), a sensação foi parecida. Por mais que jogasse o campeão asiático (e não lembro nenhum outro underdog jogando tão bem e tão bonito, mesmo entre os que chegaram à decisão do Mundial), o que parecia ao final do jogo duríssimo daquele assustado Flamengo é que tudo daria certo ao time de melhor futebol neste século entre os brasileiros.
Mesmo com Filipe Luís e Pablo Mari batendo cabeça, mesmo com Arão e Gerson não aportando densidade e intensidade na meiuca, mesmo com os quatro cavaleiros da frente apeados e apagados do que sabem e podem fazer.
A impressão que passava é que daria Flamengo de novo. Como foi no Peru depois de 88 minutos preocupantes e nervosos. Como não foi preciso sofrer tanto no Qatar. Aos 3 já estava tudo igual entre os desiguais. E como este Flamengo: Gabriel na posição de Arrascaeta, que estava na de Bruno Henrique para receber de Arrascaeta na função de Gabriel. Belo gol.
Confuso? Só para os rivais deste time histórico. Daqueles difíceis de torcer contra pela qualidade de seu jogo. E por tudo que dá certo como joga certíssimo.
Aos 12 o ótimo Giovinco do desgastado time saudita merecia o segundo amarelo. Não recebeu. O castigo veio com os cavaleiros da bola redonda do rei Arthur Antunes Coimbra: Rafinha em mais uma grande jornada passando a bola na testa de Bruno Henrique. Virada aos 32. Quatro minutos depois de Diego substituir Gerson.
A ousadia de Jesus premiada em jogo então equilibrado. E com mais um gol na sequência em lance criado por Bruno Henrique para o gol contra saudita.
3 a 1 foi muito pelo que jogou o Al-Hilal e pelo que não conseguiu jogar o Flamengo que concedeu generosos espaços pelos lados e à frente da área.
Mas times históricos são assim. Quando jogam muito dão aula. Quando não jogam, ganham assim mesmo.
A final é outra história. Possível pelo que esse time tem tido cabeça para botar os pés no chão. Coração para os tirar do chão.
Ninguém do elenco do Flamengo falava em Liverpool antes da semifinal. Só os antis.
Agora todos só falam. E têm mesmo de falar muito bem deste Flamengo. E desse bravo Al-Hilal.
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